Memory Remains

Memory Remains: Testament – 7 anos de “Brotherhood of the Snake” e o retorno de Steve DiGiorgio

28 de outubro de 2023


O Memory Remains deste sábado vai tratar de “Brotherhood of the Snake“, o décimo-segundo álbum do Testament, que é um dos maiores expoentes do Thrash Metal. O álbum foi lançado ha 7 anos, em 28 de outubro de 2016. Vamos te contar um pouco da história deste belo play:

O álbum marca o retorno do baixista Steve DiGiorgio, que havia deixado a banda após o lançamento de “First Strike Still Deadly” (2001) e nós falamos dele esta semana, caso você tenha perdido, basta clicar AQUI. Este é também o quinto álbum seguido do Testament a contar com o trabalho de Andy Snea. Ele havia mixado e feito a engenharia de som desde o álbum “The Gathering” (1999) e no antecessor, “Dark Roots of Earth” havia sido o produtor.

Havia uma preocupação por parte dos integrantes afim de evitar grandes lacunas por parte da banda, uma vez que poucos foram os lançamentos da banda no início deste século. Tal fato incomodou o vocalista Chuck Billy, que afirmou que a faria de tudo para manter o Testament em constante atividade, lançando álbuns e fazendo turnês. O guitarrista Eric Peterson engrossou o discurso, dando a seguinte declaração:

Definitivamente há alguma política na banda agora. Acho que se o disco for bom – o que acho que será – veremos o Testament fazer outro disco. Há algumas pessoas na banda que estão, você sabe , acho que não estamos cem por cento lá, a menos que, você sabe, continue indo bem. Isso é muito extremo, mas, como para mim, estou disposto a qualquer coisa. Eu comecei a banda, estou totalmente interessado nisso. Isso é o que eu faço. Eu acho, você sabe, se o Testament vir dias mais sombrios, não sei se essa formação iria durar.”

Antes de trabalhar nas gravações do aniversariante do dia, o Testament passou um bom tempo na estrada, divulgando o álbum “Dark Roots of Earth“. As apresentações foram como banda de abertura para o Anthrax, na sua turne do álbum “Worship Music“, tour que também contou com a participapção da banda Death Angel. O Testament também fez a sua própria tour, levando consigo o Overkill, Flotsam & Jetsam e o 4ARM como bandas responsáveis pela abertura dos shows. Em 2015, o Testament esteve no Brasil, trazendo o Cannibal Corpse abrindo seus shows.

Os planos iniciais eram de gravar o álbum no início de 2014, mas a saída do baixista Greg Christian, acabou por adiar os planos. Assim, Steve DiGiorgio retornou ao posto que já havia sido seu e onde está até os dias atuais. Somente em 2016 a banda conseguiu se organizar para gravar o sucessor de “Dark Roots of Earth“. Todo o processo, que inclui gravação, mixagem e materização perdurou entre os dias 27 de abril e 8 de julho de 2016. Os vocais, bateriam baixo e as guitarras adicionais foram gravadas na Califórnia, no Trident Studios; As guitarras de Eric Peterson foram gravadas no Deer Creek Studio, em Nevada City, enquanto que as guitarras de Alex Skolnick foram gravadas em Nova Iorque, no Spin Studio. Para mixagem e masterização, a banda atravessou o Atlântico e foi até o Backstage Recording Studios, em Derbyshire, no Reino Unido, onde o mago Andy Sneap cuidou de tudo. Na produção, a dupla Eric Peterson e Chuck Billy.

O álbum é composto de dez canlções e uma duração de 46 minutos. Recebeu críticas mistas. E se não foi tão brilhante quanto o antecessor, pelo menos o álbum não foi ao fundo do poço, como a banda fez com “Demonic“, lá nos anos 1990. Ao ser perguntado sobre o direionamento do emtaõ novo álbum, Eric Peterson meio que deu uma exagerada, mas ele precisava vender o seu peixe. Aspas para ele:

É diferente. Este é mais thrash. Quero dizer, este tem algumas das coisas mais rápidas que já tocamos. Normalmente, temos uma ou duas músicas thrash, e depois temos algumas músicas mid-tempo, e depois temos uma música lenta, pesada e, em seguida, um tipo de coisa acelerada. Metade do novo disco é thrash, o que nunca fizemos antes.” Ele também descreveu o álbum como uma “espécie de disco do Reign in Blood”, uma referência ao terceiro álbum de estúdio do Slayer.”

Nosso aniversariante do dia alçançou a 20ª posição na “Billboard 200“, sendo o segundo álbum do Testament a alcançar a posição mais alta na prinmcipal parada de sucesso dp planeta, ficando atrás somente de “Dark Roots of Earth“, que chegou a 12ª posição. Em outras categoriass da “Billboard“, o álbum foi muito bem: 1º na página de Álbuns Independentes, 2º na página de Álbuns de Rock e 3º na Página de Download (Top Tastemakers). No mundo, o álbum frequentou as paradas da Polônia e Alemanha (11º), Suíça (16º), Finlândia (18º), Japão (22º), Hungria e Áustria (23º), Austrália e Canadá (24º), Escócia (26º), Itália (28º), Bélgica (29º), Suécia e Reino Unido (43º), Espanha (53º), Países Baixos (74º) e França (87º).

A banda saiu em turnê em 2017, o Brasil foi agraciado por mais uma visita da banda, quando o quinteto se apresentou em Belém, Manaus, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Este ano a banda retornou, quando foi uma das atrações da primeira edição do Summer Breeze Brasil, em abril. No fest, não foi tocada nenhuma música do aniversariante do dia, porém, no show de Belo Horizonte, um dia antes, a banda tocou a faixa “The Pale King“.

Hoje é dia de celebrar o legado rico que o Testament tem deixado para nós, amantes do Thrash Metal; Vamos escutar esse álbum no volume máximo enquanto agradecemos por ter a possibilidade de viver na mesma época que Chuck Billy, Eric Peterson, Alex Skolnick, Steve DiGiorgio e agora tambem o baterista Chris Dovas. Já está na hora de a banda nos agraciar com um novo álbum, o que não acontece desde “Titans of Creation”, o sucessor do nosso homenageado do dia. Longa vida ao Testament.

Brotherhood of the Snake – Testament

Data de lançamento – 28/10/2016

Gravadora – Nuclear Blast

Faixas:

01 – Brotherhood of the Snake 

02 – The Pale King 

03 – Stronghold

04 – Seven Seals

05 – Born in a Rut

06 – Centuries of Suffering

07- Black Jack   

08 – Neptune’s Spear

09 – Canna-Business

10 – The Number Game

 

Formação:

Chuck Billy – vocal

Eric Peterson – guitarra

Alex Skolnick – guitarra

Steve DiGiorgio – baixo

Gene Hoglan – bateria