Memory Remains

Memory Remains: Testament celebra os 35 anos de “The New Order” e a primeira aparição na “Billboard”

5 de maio de 2023

Há 35 anos, em 5 de maio de 1988, o Testament, que brilhou na primeira edição do Summer Breeze Brasil no último domingo, lançava seu segundo play, o aclamado e cultuado “The New Order“, que é tema do nosso Memory Remains desta sexta-feira.

Lançado um ano após de “The Legacy“, uma das estreias mais arrebatadoras de uma banda, o aniversariante do dia fez o Testament alcançar um patamar ainda mais alto. Com “The New Order“, o quinteto da Bay Area se colocou como uma das maiores e mais influentes bandas do movimento Thrash Metal nascido ali na região da Baía de San Francisco.

Como não se mexe em time que está vencendo, a banda repetiu a fórmula que deu muito certo no álbum de estreia. Então eles retornaram ao Pyramid Sound Studios, em Ithaca, estado de Nova Iorque, novamente na companhia do produtor Alex Perialas. E mais uma vez lançado pela Megaforce, com distribuição da major Atlantic.

Este foi o primeiro álbum do Testament a contar com faixas 100% instrumentais. Sim, os caras mandaram logo duas de uma vez só, são elas “Hypnosis” e “Musical Death (A Dirge)”. Além disso, os caras fizeram um cover para “Nobody’s Fault“, lançada originalmente pelo Aerosmith no álbum “Rocks” (1976). Aqui a música não ficou muito descaracterizada, mas ganhou riffs incríveis.

Músicas como “The Preacher“, “Into the Pit” e a própria faixa título, se tornaram hinos não só do Testament, mas do Thrash Metal em si. E elas têm espaço até hoje nos shows da banda. Inclusive quando se apresentou no último domingo em São Paulo no já citado Summer Breeze Brasil, essas três foram tocadas pelo quinteto, um show que, mesmo curto, entrou para a história dos grandes festivais realizados por nossas terras. Aliás, “The New Order” teve o maior número de músicas selecionadas para esta apresentação.

Em 39 minutos temos aqui uma verdadeira aula de Thrash Metal, onde a dupla de guitarristas Eric Peterson e Alex Skolnick nos brindam com riffs matadores. Um álbum maravilhoso do início ao fim, onde podemos também citar faixas como “Disciples of the Watch“, que vira e mexe ainda entra nos shows da banda, “Trial by Fire“, que também está no rol das clássicas de sempre da banda e também “A Day of Reckoning“. Ou seja, o álbum é bom do início ao fim.

O álbum foi o primeiro da banda a alcançar o Top 200 da “Billboard“, onde ficou na posição número 136 e figurou por lá em um período de 13 semanas, um recorde jamais batido pela própria banda. Na Alemanha e na Suécia, o álbum alcançou a 49ª posição. Na Holanda, o álbum ficou em 66° e no Reino Unido ficou em 81°. O álbum também ganhou algumas honrarias, tais como: a Revolvermag elegeu o álbum em 2007 como um dos 20 mais essenciais discos de Thrash Metal dos anos 1980; em 2014, a mesma Revolvermag classificou o álbum na lista dos “14 álbuns de Thrash Metal que você precisa ter”; em 2016, a Loudwire escolheu “The New Order” como o segundo melhor da carreira do Testament; em 2017, a Loudwire elegeu o álbum como o 18° melhor disco de Thrash Metal de todos os tempos; em 2018, a Decibel o incluiu em seu Hall of the Fame e no mesmo ano, a Loudwire o elegeu o melhor álbum de 1988.

É um álbum de muita importância para a própria banda bem como para o Thrash Metal, que foi tão prolífero nesta época. O Testament ainda faria mais álbuns maravilhosos como “Practice What You Preach” e “Souls in Black“, que sucederam o homenageado de hoje. Depois, meio que se perderam, mas voltaram aos trilhos. E felizmente, eles hoje seguem na ativa, fazendo a nossa felicidade. Então hoje é dia de botar essa bolacha para rolar no volume máximo. E desejar longa vida ao Testament.