Há 57 anos, em 4 de janeiro de 1967, o The Doors lançava seu álbum de estreia, intitulado “The Doors” e que é tema do nosso primeiro Memory Remains deste ano de 2024, o ano bissexto.
A banda foi formada em 1965, quando Jim Morrison conheceu o tecladista Ray Manzarek. Ambos eram estudantes da escola cinematográfica UCLA, em Los Angeles. Morrison disse ao amigo que estava a escrever canções e a pedido de Ray, ele cantou “Moonlight Drive“. Quando ouviu a interpretação de Morrison, ele sugeriu que ambos montassem uma banda e aí estava o embrião do que seria o The Doors.
A dupla recrutou o baterista John Densmore. Em setembro de 1965 eles gravaram uma demo com seis canções. Essa demo foi pirateada ao longo dos anos até que em 1997 foi lançada por completo, em uma coletânea da banda. Pouco tempo depois o guitarrista Robby Krieger entrou e assim a formação definitiva estava alinhada. O nome da banda foi tirado do livro “The Doors of Perception“, de Aldous Huxley.
Um ano depois, a banda podia ser vista constantemente tocando no Whiskey a Go Go, quando foram vistos por Jac Holzmann, presidente da Elektra Records. Ele gostou da apresentação da banda, que ao vivo não tinha um membro tocando baixo, e ofereceu-lhes um contrato. Em agosto de 1966, a banda estava em estúdio para eternizar nosso aniversariante do dia. Eles levaram alguns dias entre o final de agosto e o início de setembro, registrando a maioria das canções em apenas um único take. O estúdio utilizado foi o Sunset Sound Recorders, em Hollywood, e na produção, estava Paul A. Rotchild.
Bolacha rolando, temos um álbum que não a toa é lembrado como um dos melhores discos de Rock de todos os tempos. São onze canções em breves 44 minutos. A mais famosa canção da banda está presente neste álbum, “Light my Fire“, que ganhou inúmeras versões ao longo da história. Outras faixas como “Alabama Song (Whiskey Bar)“, “Break on Through (To the Other Side)” e “The End“, também merecem destaque.
A repercussão foi enorme e logo colocou a banda entre as expoentes do Rock Psicodélico naquela metade final da década de 1960. O álbum ficou na 2ª posição na “Billboard 200” e em 15° no Canadá. Mais recentemente, no ano de 2021, o play alcançou a 4ª posição nas paradas portuguesas. Foi certificado com Disco de Ouro na Espanha e Suécia, Platina na Argentina, Áustria, Alemanha, Suíça e Itália, Triplo Platina no Reino Unido e França, além de um Quádruplo Platina nos Estados Unidos e Canadá.
O álbum colocou o The Doors como uma das principais bandas de sua época, Jim Morrison foi elevado ao patamar de sex symbol, além das polêmicas que o grupo começava a colecionar, como por exemplo, a mais famosa delas, no programa de Ed Sullivan, na CBS, quando eles foram orientados a trocar um verso da música “Light my Fire“. Morrison ignorou os apelos do apresentador e cantou os versos originais, causando uma fúria em Ed Sullivan, que se recusou a cumprimentar os membros do The Doors. Obviamente, Morrison deu de ombros para a situação.
Ainda no mesmo ano, a banda lançaria o sucessor do aniversariante do dia, mas isso é papo para outra oportunidade, pois hoje é o dia de celebrar a pedra fundamental desta que é uma das bandas mais importantes de sua época. Vamos colocar esse disco para ouvir no volume máximo, enquanto entoamos aquela célebre frase, que o caro leitor já está acostumado a ler por aqui: eu ouço gente morta!
The Doors – The Doors
Data de lançamento – 04/01/1967
Gravadora – Elektra
Faixas:
01 – “Break On Through (To the Other Side)”
02 – “Soul Kitchen”
03 – “The Crystal Ship”
04 – “Twentieth Century Fox”
05 – “Alabama Song (Whisky Bar)”
06 – “Light My Fire”
07 – “Back Door Man”
08 – “I Looked at You”
09 – “End of the Night”
10 – “Take It as It Comes”
11 – “The End”
Formação:
Jim Morrison – vocal
Robby Krieger – guitarra
Ray Manzarek – baixo
John Densmore – bateria
Larry Knechtel – baixo