Memory Remains

Memory Remains: Type O Negative – 17 anos de “Dead Again” e a posição mais alta na Billboard

13 de março de 2024

Há 17 anos, em 13 de março de 2007, o Type O Negative lançava “Dead Again“, o sétimo e último álbum da banda de Peter Steele, que um ano antes foi “declarado morto” no site oficial, mas a informação foi logo desmentida. O play é assunto do nosso Memory Remains desta quarta-feira.

Já haviam se passado três anos do último lançamento da banda, “Life is Killing me“, que foi o último lançamento pela Roadrunner. Sendo assim, o aniversariante do dia é marcado pela estreia por um novo selo, a Steamhammer. Em 2006, eles haviam lançado o DVD ao vivo “Symphony for the Devil” pelo novo selo. É também o primeiro álbum desde “Bloody Kisses” a contar com a bateria tendo tocada “de verdade”, ou seja, sem bateria eletrônica, como feito nos álbuns anteriores. Assim sendo, é o único registro do baterista Johnny Kelly tocando bateria em um álbum do Type O Negative.

“Dead Again” foi gravado entre o final de 2006 e o início de 2007 em dois diferentes estúdios: o Systems Two e o Sty in the Sky, ambos no Brooklin, Nova Iorque. Como de praxe, Peter Steele e Josh Silver foram também os produtores da bolacha. Em março de 2006, Peter Steele revelou que gostaria de contar com Phil Anselmo ou Glenn Danzig como convidados especiais no álbum, mas a ideia acabou não vingando. A imagem da capa é uma fotografia de Grigori Rasputin, um místico russo que ficou bem próximo do czar Nicolau II, que teve uma influência política muito grande no período imperial naquele país. O nome do álbum está representado em letras que simulam o alfabeto cirílico.

Por ser o único álbum a não ter sido lançado pela Roadrunner, as músicas de “Dead Again” jamais entraram nas coletâneas lançadas sob o nome Type o Negative. E depois que a Steamhammer decretou falência, o álbum simplesmente ficou fora de catálogo, até que foi disponibilizado em 2021 nas plataformas de streaming, e em 2022, relançado pela Nuclear Blast. Antes disso, em 2008, o álbum foi lançado em uma nova versão, contendo um DVD bônus, trazendo shows e entrevistas com a banda.

Musicalmente, o play apresenta algumas inovações, como flertes com o Metal moderno, além da velha e conhecida qualidade sonora que fez do Type O Negative uma banda tão ímpar como sempre foi. É sem sombra de dúvidas, um dos trabalhos mais pesados já produzidos por eles. Temos dez músicas em 77 minutos de duração. E como quase sempre, canções extensas, sendo seis delas tendo entre seis e quatorze minutos. Peter Steele dizia que a música “Halloween in Heaven” era dedicada a todos os músicos mortos, em especial, Dimebag Darrell, vítima de um assassinato covarde, há quase vinte anos, enquanto tocava com sua banda posterior ao Pantera, o Damageplan. Essa faixa, em especial, conta com a participação da vocalista Tara Vonflower.

Nosso aniversariante do dia é o álbum do Type O Negative que conseguiu a posição mais alta na “Billboard 200“, ficando em 27°. Em outros lugares do mundo, o álbum ficou em 5° na Finlândia, 18° na Alemanha, 25° na Austrália, 34° na Noruega, 37° na Dinamarca, 38° nos Países Baixos, 39° na Suécia, 87° no Reino Unido, 89° na Suíça, 97° na Bélgica e 161° na França.

Infelizmente em 2010, Peter Steele passou para o outro lado da vida, colocando assim, um ponto final na história do Type O Negative. Josh Silver já deu declarações de que não existe a menor possibilidade de a banda voltar sem seu vocalista, o que não faria o menor sentido. Sendo assim, hoje é dia de celebrar esse play, ouvindo-o no volume máximo, enquanto bradamos a célebre frase deste nosso quadro: eu ouço gente morta!