O Metallica anunciou o cancelamento de duas apresentações  que ocorreriam em festivais nos Estados Unidos para que James Hetfield continue seu esforço de reabilitação. Ele luta há anos contra o vício e no ano passado a banda adiou sua turnê pela Austrália e Nova Zelândia para que James voltasse a um programa de tratamento.
O Sonic Temple Art + Music Festival ocorre entre 15 e 17 de maio em Columbus, Ohio; e o Louder Than Life entre os dias 18 e 20 de setembro em Louisville, Kentucky.
Apensar da decepção de alguns fãs, as substituições parecem ter sido a altura, ao menos em um dos festivais. Red Hot Chili Peppers e Tool foram recrutados para substituir o Metallica no Sonic Temple, juntamente com o Slipknot que se apresenta na segunda noite do festival.

“Como parte do meu esforço contínuo para obter e me manter saudável”, disse James em comunicado. “Tenho eventos críticos de recuperação nos fins de semana que não podem ser movidos. Peço desculpas a todos os nossos fãs que compraram ingressos para esses festivais. Estamos trabalhando com os promotores do festival para fornecer reembolsos ou trocas. Minha intenção com esta declaração é dizer ‘peço desculpas’ a cada um de vocês. A realidade é que não priorizei minha saúde no último ano de turnê e agora sei que minha saúde mental vem em primeiro lugar. Isso pode parecer impensado para a maioria de vocês, mas eu não queria decepcionar a equipe/família do Metallica e, somente eu, me comprometi completamente.

Ao que parece, a turnê na América do Sul não está comprometida, pois no mesmo comunicado ele diz: “Estou ansioso para voltar a tocar e ver todos os nossos grandes fãs sul-americanos em abril.”
Portanto, até o momento, não há motivo para os fãs brasileiros do Metallica se preocuparem. Os shows em Porto Alegre, Curitiba, São Paulo e Belo Horizonte estão mantidos, assim como as apresentações em Santiago, no Chile, e em Buenos Aires, Argentina.

Para entender melhor o que ocorre nos bastidores, confiram o documentário ‘Some Kind of Monster’, lançado em 2004, que mostra claramente a luta de James contra o vício e seus conflitos. Iniciado em 2001 para ser apenas um Making Of das gravações do álbum St. Anger, acaba revelando de forma crua os desajustes da banda após a saída do baixista Jason Newsted, os desentendimentos de Hetfield e o baterista Lars Ulrich, a luta de James contra o alcoolismo que o leva a um ano de internação e as crises do processo criativo até a finalização tardia do disco.