Carlos Pupo/Headbangers News
Se você pensar em melodias “depressivas” e Gothic Metal, com certeza Portugal não seria o primeiro país em vir na sua cabeça. Porém, e ironicamente, a banda portuguesa Moonspell seria sim uma das primeiras bandas a serem mencionadas. Isto mostra, mais uma vez, que a música não tem fronteiras nem limites.
O segundo álbum de estúdio da banda, intitulado “Irreligious”, foi lançado originalmente em 1996, um ano depois de “Wolfheart” e desde a primeira nota é fácil perceber a grande diferença no estilo entre estes dois álbuns, que foi do Black Metal ao Gothic Metal, mesmo que ainda tenha alguma reminiscência das suas raízes black. “Irreligious” tem aquela atmosfera gótica insana e, ao mesmo tempo, tem poderosas melodias com versos angelicais e mortais. Algo que pode soar estranho mas é absolutamente delicioso e cativante.
O fluxo musical de “Irreligious” é muito agradável de se ouvir e parte disso se deve à forma como o track list foi configurado já que todas as faixas estão perfeitamente ligadas musicalmente e, ao mesmo tempo, são ótimos de forma independente. Muitos podem conhecer “Opium” como uma poderosa faixa individual, mas na verdade ela faz parte do conjunto que inclui a desesperada “Awake!” – que apresenta uma gravação de Aleister Crowley lendo seu poema ‘The Poet’ – , a catártica “For A Taste Of Eternity” e a taciturna, e brilhantemente intitulada, introdução “Perverse… Almost Religious”.
O álbum também traz a incrivelmente bela “Full Moon Madness” que não apenas encerra o álbum mas também é geralmente a música responsável por encerrar quase todos os shows do Moonspell, algo que com o tempo se tornou uma marca registrada de seus shows. Antes da música começar, o vocalista Fernando Ribeiro costuma fazer o sinal do círculo (simbolizando a Lua) sobre a multidão.
Um álbum que deve estar na coleção de todos os fãs do Moonspell e dos fãs do gênero em geral e que é responsável por muitas coisas boas que ouvimos hoje.
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Um relançamento da parceria Shinigami Records/Century Media Records.