É tempo de um novo single do Nervochaos: “Torn Apart”. A música é extraída de “Chthonic Wrath”, o próximo álbum de estúdio da instituição do death metal brasileiro. “A música retrata um jogo de sedução entre um homem e uma mulher”, revela o baterista e fundador Edu Lane. “A mulher seduz o homem para lhe possuir e junto com as criaturas da noite o devora. Totalmente dominado, e à beira da morte, ele delira em voos espirais e sucumbe. Essa música é rápida e agressiva, numa mescla de death e thrash metal, com pitadas de black metal”, explicou.
Julho de 2021. A pandemia ainda castigava todo o globo terrestre e particularmente o Brasil, onde, nesse mês, as mortes excediam os 30 milhões. Os titãs do death metal local NervoChaos estavam em casa há muito tempo. Habituada a estar em turnê durante a maior parte do ano e não tendo essa possibilidade devido às restrições impostas pela Covid-19, a banda tinha um novo álbum inteiramente composto e pronto para gravar mesmo antes do disco anterior, All Colors of Darkness”, chegar às prateleiras das lojas. Não sendo uma banda que fica à espera do timing ideal da indústria musical ou que fique parada muito tempo, os músicos entraram no Abracadaver Studio com os produtores Assasi Adassi e Adriado Daga (Angra, Almah, Torture Squad, etc) e gravaram aquele que seria o seu álbum seguinte de inéditas. Nascia Chthonic Wrath.
Apenas dois meses depois, o produtor norte-americano Brendan Duffey, que trabalhou anteriormente com nomes como Nervosa, Angra e André Matos – para mencionar apenas alguns –, recebeu as 14 faixas para mixar e masterizar, e ficou genuinamente impressionado. O que o NervoChaos tinha feito em Chthonic Wrath era death metal na essência mais pura, com toda a brutalidade e glória técnica inerente, mas com vislumbres de uma energia e peso totalmente renovados. Como podia um grupo celebrar o seu 26º aniversário de carreira estar tão motivado, apaixonado pelo death metal e “esfomeado” por riffs que soavam tão vis, por padrões rítmicos tão intrincados e ataques vocais tão violentos que faziam o ouvinte estremecer? A coroar tudo, as sutis nuances melódicas e o soberbo interlúdio acústico (que, bem a propósito, se intitula Tomb Mold), gravado pelo investigador de música tradicional brasileira, o convidado Ricardo Vignini. O NervoChaos é uma banda experiente, com milhares de horas acumuladas em estrada e palcos, alguns podem até chamá-los de “velhos”, mas não estão nem perto da decadência no seu papel central do death metal brasileiro – e da América do Sul em geral. O grupo continua a disparar com todos os tambores quando o que está em causa é música extrema, furiosa e sem merdas.
O coletivo de São Paulo ganhou status de cult devido a uma invulgar capacidade de trabalho demonstrada ao longo dos últimos 26 anos, criando uma extravagante mistura sónica que lhes é propícia. Contam neste momento com uma dezena de álbuns de inéditas lançados, sendo o mais recente o mencionado All Colors of Darkness – o primeiro lançado através da Emanzipation Productions – de 2022. O NervoChaos está em constantes turnês pelo mundo para promover os seus lançamentos, tocando cerca de uma centena de shows por ano, entre pequenos clubes, festivais e tudo o que está entre uma coisa e outra.
O álbum Chthonic Wrath vai ser lançado em CD e edição digital pela Emanzpation Productions no dia 31 de março de 2023 – no Brasil será lançado pelos selos Voice Music e Tumba Records.
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A formação da banda traz Brian Stone (vocais), Luiz ‘Quinho’ Parisi (guitarra), Woesley Johann (guitarra), Pedro Lemes (baixo) e Edu Lane (bateria).