Jo Capusso
Após o lançamento do single “O Mundo”, o cantor e compositor Pit Passarell lança “Que Seja Eterno O Nosso Amor”, que pertence ao seu primeiro álbum solo Praticamente Nada. O novo trabalho de Pit exala verdade e sentimento por meio de composições que remetem do rock’ n roll Argentino de nomes como Charly Garcia, seu conterrâneo, passa pelo punk rock do The Clash, e viaja pelo rock brasileiro dos anos 1980, acrescentando peso e atitude.
Praticamente Nada chegará ao mercado digital e físico em 28 de agosto de 2020, via selo Wikimetal, mas desde o primeiro single já mostra um artista cheio de alma e coragem. A nova fase da carreira de Pit Passarell é como se Charles Bukowsky tivesse vivido em São Paulo, nos anos 1990, e, no auge da boemia paulistana, tivesse frequentado o Bixiga, Espaço Retrô, Der Tempel, New York e o bar São Paulo, Dama Xoc, Aeroanta e Matrix, A Torre do Doutor Zero e o Jungle, passando pelo Orbital. E se ele tivesse tomado pinga com limão em cada boteco do centro da cidade? Pit é um Bukowsky paulistano, mas com uma diferença: seus versos viram grandes melodias e ganham as vozes do público e os palcos.
Andarilho da capital, figura carimbada da noite paulistana. Pit Passarell é um personagem especial, um talento daqueles que não encontramos com frequência nem esquecemos com facilidade. Ele tem aquela estrela que não conseguimos dizer o que é, difícil de descrever, o que chamamos de carisma ou, em inglês, star quality. Pit tem uma facilidade extrema de expressar em melodias e letras simples e puras todos os nossos desejos e vontades, saudades e memórias, emoções complexas e complicadas. Da tristeza à alegria em um mesmo refrão. Pit Passarell é um exemplar raro, uma espécie em extinção. Praticamente Nada mostra isso.