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Ronnie James Dio: 10 anos sem a maior voz do heavy metal

Ronnie James Dio: 10 anos sem a maior voz do heavy metal

15 de maio de 2020


16 de maio de 2010 ficará marcado como o dia em que o maior tenor do metal deixou este plano, mas seu legado permanecerá para sempre

Adam Bielawski/Wikipedia/Creative Commons

16 de maio de 2010 ficará marcado como o dia em que o maior tenor do metal deixou este plano, mas seu legado permanecerá para sempre

Nascido em 10 de julho de 1942 na cidade de Portsmouth, New Hampshire (EUA), a carreira de Ronald James Padavona começa no final dos anos 50 e, durante os anos 60, chega a gravar alguns singles com as bandas que integrou.

Em 1972 forma aquela que seria sua banda principal até então, o ELF. Com o ELF grava três álbuns e são chamados para abrir uma turnê do Deep Purple.

Após a saída de Deep Purple, Ritchie Blackmore resolve montar uma banda e chama o ELF para gravar seu 1º. Álbum – “Ritchie’s Blackmore Rainbow”. Para a gravação do 2º álbum, Blackmore, que não estava gostando dos músicos, muda toda a banda mantendo Dio para os vocais e lançam “Rising”. Lança mais dois álbuns com o Rainbow – “On Stage” e “Long Live Rock’n’Roll”.  Apesar de gravar álbuns clássicos, ocorrem desentendimentos entre Ritchie Blackmore e Ronnie James Dio – Blackmore queria que a banda tornasse seu som mais comercial visando o mercado norte americano, coisa que Dio não concordava – que terminam com o vocalista sendo despedido.

Nesta mesma época, o Black Sabbath estava atrás de vocalista para substituir Ozzy Osbourne. Sharon Arden (filha de Don Arden, empresário do Black Sabbath e futura esposa de Ozzy) apresenta Dio a Tony Iommi em uma festa no Rainbow Bar de Los Angels. Após conversarem, decidem que vão fazer alguns ensaios para ver o que acontece. A coisa funciona tão bem que o Black Sabbath tem um novo vocalista.

A banda vai para o estúdio e lança “Heaven And Hell”. Muitos fãs consideram, ate nos dias de hoje, o melhor álbum do Black Sabbath.

E  surgem comparações com Ozzy Osbourne que, pra cutucar, chama a banda de Black Rainbow.  Alias, Ozzy passou parte da carreira provocando Dio. Nesta época  Ozzy tinha um anão que aparecia durante os shows  –  e que esta no encarte de “Speak Of The Devil” – que era chamado de “Ronnie The Dwarf”.

Brigas à parte, o Black Sabbath lança outra excepcional álbum, “Mob Rules” e resolve gravar os shows da turnê para o lançamento de um futuro álbum ao vivo.

Durante a mixagem do álbum “Live Evil”, ocorrem desentendimentos entre a banda e Dio. Existem ate acusações de que o vocalista chegou a mexer nas gravações para dar maior destaque à sua voz, coisa que ele sempre negou.

Dio deixa o Black Sabbath no final de 1982 e monta sua própria banda. Com exceção de alguns intervalos, a banda permanece na ativa ate 2004, lançando dez álbuns de estúdio.

Um destes intervalos é quando retorna ao Black Sabbath para gravar o álbum “Dehumanizer”, lançado em 1992, seguido de uma turnê que inclusive passou pelo Brasil. Em novembro daquele ano, o Black Sabbath é convidado para abrir o show de despedida da “No More Tours” de Ozzy Osbourne. Claro que o Dio se recusou  e mais uma vez deixa a banda.

Em outubro de 2006, Dio se reúne aos antigos companheiros do Black Sabbath com o nome de Heaven & Hell para a promoção da coletânea “The Dio Years” e turnê. O nome Heaven & Hell foi escolhido por que Tony Iommi e Geezer Butler ainda estavam no “outro Black Sabbath” com Ozzy Osbourne.

Com a excelente repercussão resolvem continuar e lançam em 2009 o álbum “The Devil You Know” seguido de uma turnê mundial.

No final daquele ano, Dio é diagnosticado com câncer no estomago, o que obriga o Heaven & Hell a cancelar os shows já agendados.

Na época, Dio declarou: “Câncer, eu vou te cobrir de porrada!” e que não via a hora de voltar aos palcos.

Infelizmente este retorno nunca ocorreu.

Existem vocalistas cuja técnica pode ser comparada a dele, mas eu nunca vi ao vivo outro que interpretasse as canções com tanta paixão, algo que vinha da alma e que era transmitida para quem estava ali.

Uma pessoa morre apenas quando ela é esquecida e a obra de Ronnie James Dio será sempre reverenciada por todas as gerações futuras de headbangers.