A banda canadense Tired Cossack vem estampando cada vez mais o cenário da música com lançamentos muito bem sucedidos e elogiados pela mídia especializada. Dando sequência a carreira, a banda lança seu terceiro álbum. Com um conjunto de doze canções, o disco apresenta a ideologia ousada e sonhadora, junto com o som penetrante e peculiar, que traz uma atmosfera sonora nostálgica ao mesmo tempo que exala um frescor sincero graças a energia jovial e mente visionária dos integrantes.

Este trabalho prova que a banda soube usar todas suas influências e misturar de uma jeito peculiar para criar sua própria identidade no cenário musical, experimentando diversos gêneros e mantendo sua música fresca e emocionante, mostrando suas habilidades de composição. A prova disse é a primeira faixa “Sardines”, que embala o ouvinte com riffs leves e uma batida suave que mescla o pop com rock alternativo 90’s, dando uma ar mais emotivo e mostrando de cara o talento, mas tudo começa a ficar lindo na seguinte “New Binge” com mantendo a energia sentimental com riffs pesados e rimas potentes, ao embalo de uma sonoridade do shoegaze, mantendo a atitude dos anos 90.

O disco traz uma sonoridade do rock alternativo com uma atmosfera muito nostálgica ao mesmo tempo que consegue ser contemporanea, com toques fortes e bem encaixados de shoegaze – mas é possível perceber outras influências. As linhas de guitarra são doces e quentes, com riffs sutis e cheios de efeitos, charmosos e envolventes que possui um alcance admirável e cheio de técnica, a bateria suave mas potente e o baixo mantem um groovy forte e técnico, sintetizadores e o charme fica por conta dos vocais cativantes – perceba em “Cowboy”, que é uma faixa mais pesada e densa com vocais envolventes e “Upper” que traz uma versão mais dançante do indie e vocais mais animados, provando a versatilidade. Em “Downer” recebemos a vibe do Radiohead, dos grandes hits emotivos e músicas que exalam um desabafo e melancolia, seguindo com “Tin” traz uma melodia mais animda, podendo ser a música mais comercial e balada do álbum, perfeita para as pistas de dança e rádios.

O disco mantém a frequência, conduzindo o ouvinte em uma viagem sonora inesquecível, com destaque na forma como Tired Cossack misturou a energia e sonoridade de uma maneira peculiar e criou hits atemporais perfeito para os fãs do estilo, conversando diretamente com seu instrumental e com o ouvinte, transmitindo diversos sentimentos de forma satisfatória, capaz de conquistas os fãs mais saudosistas e exigentes até o público que busca uma sonoridade mais atual – além do lirismo intimista e profundo que a banda usou para expressar seus sentimentos, com certeza o ouvinte irá se identificar. Outras faixas destaque são “Casio’, que é uma das mais profundas em sua sonoridade, exalando o shoegaze com efeitos e sintetizadores. “Zubov” volta com linhas de guitarra com efeito fuzz bem encaixados e uma peso do rock, remetendo ao grunge – que ousadia maravilhosa. Fechamos com “Voice” com arranjos mais post punk e melodia sensitiva, riffs sonhadores, encerrando essa experiência sonora maravilhosa, que nos faz viajar na época de ouro do rock alternativo.

Este trabalho é a culminação das composições contundentes de Tired Cossack, maduras com sua marca registrada de guitarras de metal, densidade e emoção em camadas e lirismo sincero. Por meio da música, eles dividem suas histórias de uma maneira encantadora e confortável. A performance de Tired Cossack. é perfeita, como uma montanha-russa emocional transformando seu trabalho em uma obra de arte que vai além da música.

Pós-punk, indie rock inspirado no shoegaze e o estranho sotaque country alternativo se combinam em Tired Cossack. Vindo de Winnipeg, Canadá, ele demonstra habilidade em usar música simples e animada para quebrar convenções musicais. Suas canções fluem como um caminho sinuoso e desprovido de cuidado. Temas de alegria e melancolia se misturam em sua coleção de sons com ritmos intensos, frios, quase industriais, encontrando composições inteligentes com referências ao folclore ucraniano. Sua versatilidade como artista convida o ouvinte a vivenciar um caleidoscópio de gêneros e sensibilidades ao mergulhar em sua discografia.

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