Tony Iommi, lendário guitarrista do Black Sabbath, compartilhou detalhes fascinantes sobre a criação de alguns dos riffs mais icônicos da banda, incluindo “Black Sabbath” e “Into The Void“.
Em uma recente entrevista ao Loudwire, Iommi revelou a experiência mágica por trás da composição do riff de “Black Sabbath“, uma das faixas mais emblemáticas do grupo. “Quando fizemos o riff do ‘Black Sabbath’ pela primeira vez, imediatamente eu soube – tinha essa vibração e um sentimento e era algo tão diferente naquela época que você nunca tinha ouvido esse tipo de coisa antes. E eu não sei como tudo aconteceu. meio que saiu. E essa foi a referência para aquele álbum. Depois que terminamos ‘Wicked World’ e ‘Black Sabbath’, o resto deles fluiu“, explicou Iommi.
Durante a entrevista, Tony Iommi discutiu a reação inicial às três primeiras notas da faixa-título do álbum de estreia da banda, “Black Sabbath“. Marcada pelo riff tritonal e lento de Iommi, conhecido como “The Devil’s Interval”, a sonoridade sombria da música evocou um sentimento de suspense e pavor, atraindo atenção significativa de grupos religiosos e satanistas. “Isso abriu uma verdadeira caixa de Pandora para nós. Recebemos muitas reações da igreja e dos satanistas nos primeiros dias“, lembrou o guitarrista.
Além do riff de “Black Sabbath“, Iommi mencionou outros riffs que tiveram um significado especial para ele. Entre eles, “Into The Void” se destacou, sendo uma das favoritas do falecido Eddie Van Halen, que frequentemente pedia para Iommi tocá-la. “E também ‘Into The Void’. Esse foi um riff que eu realmente gostei, e esse era o favorito de Eddie Van Halen, para ser honesto, ‘Into The Void’. Ele sempre dizia: ‘Oh, toque ‘Into The Void’. Então foi ótimo ouvir isso”, relembrou o guitarrista. “Para mim, ‘Iron Man’ também se destacou. Bem, todos eles significaram alguma coisa, mas esses foram os que se destacaram inicialmente.”
Quando questionado sobre possíveis arrependimentos em relação às implicações religiosas de sua música, Iommi afirmou que a atenção recebida foi positiva. Ele explicou que inicialmente não associou a música a conotações religiosas, mas foi atraído pelo som, o que naturalmente levou à melodia de Ozzy Osbourne e às letras de Geezer Butler, culminando em um som que parecia adequado para a banda.
Na entrevista, o músico também comentou sobre o recente espetáculo “Black Sabbath – The Ballet”, com músicas do Black Sabbath, executado pelo Birmingham Royal Ballet. “Fizemos um balé do Black Sabbath onde eles fizeram uma orquestração, e os dançarinos dançavam as diferentes músicas do Sabbath. Realmente se tornou um sucesso na Inglaterra. Então o plano é viajar pelo mundo com ele“, contou Iommi.
