O Válvera chega ao seu terceiro álbum de uma forma diferente. Mudar, para o grupo paulista, não é algo temeroso, visto a transição da língua portuguesa para a inglesa do debut, “Cidade em Caos” (2015), até “Back to Hell” (2017). Agora, porém, “Cycle of Disaster” vem com um lado conceitual. “É um trabalho cheio de conceitos, que aborda vários desastres e catástrofes que fazem parte da história do Brasil de forma nunca vista antes. Trazemos temas profundos que, apesar do conteúdo histórico e local, não deixa de ser moderno e atual”, explica o vocalista e guitarrista Glauber Barreto.
Conforme a temática abordada, “Glow of Death” fala da contaminação por Césio-137, um grave episódio de contaminação por radioatividade ocorrido em Goiânia (BRA), em 1987. “A contaminação originou-se quando o Instituto Goiano de Radioterapia (IGR) se mudou de local, mas um equipamento de radioterapia foi abandonado no interior das antigas instalações e acabou sendo encontrado por catadores em um ferro-velho do local. Ninguém sabe ao certo como ele foi parar lá. O fato é que ele foi desmontado, e dentro havia uma cápsula, com um pó que emitia um brilho azul no escuro”, explica Barreto. “Esse pó brilhante era Césio-137, que depois ficou conhecido como ‘O brilho da morte’. Sem imaginar o que se tratava, aquele catador levou-o, mostrou para a família e amigos – sua filha chegou ingerir o césio. Isso tudo gerou um rastro de contaminação, que afetou seriamente a saúde de centenas de pessoas.”
O acidente radiológico de Goiânia foi o maior do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares. “É aquele ditado: ‘nem tudo que reluz é ouro’. E veja o que estamos passando hoje em dia com a COVID-19, porque, às vezes, levamos pra dentro de casa a nossa autodestruição. Neste caso, só porque aquilo parecia bonito ou valioso. É o famoso ‘Ouro de Tolo'”, enfatiza o guitarrista Rodrigo Torres. “A música é pesada, uma vertente no Groove Metal, com afinações baixas, algo bem mais moderno que qualquer trabalho anterior do Válvera”, acrescenta.
A produção, mixagem e masterização de “Cycle of Disaster”, que será lançado pelo selo americano Brutal Records em agosto e distribuído mundialmente pela Sony, ficaram a cargo de Rogerio Wecko, proprietário do Dual Noise Studios (SP). Já a arte gráfica ficou a cargo de Marcelo Vasco, que trabalhou com nomes como Slayer, Machine Head e Kreator) e é colunista da Revista Roadie Crew. “Ele fez uma capa perfeita para ‘Cycle of Disaster’. Vivemos lendo, assistindo e até jogando em videogames as tragédias e feitos ao redor do mundo, algo como estamos vivenciando neste momento com o COVID-19, mas, em nosso disco, quisemos levar para o mundo um pouco do que aconteceu no Brasil”, analisa Glauber Barreto. “Ter o nosso álbum lançado nos EUA pela Brutal Records e distribuído mundialmente pela Sony é motivo de orgulho”, finaliza Torres.
Leonardo Benaci/Divulgação
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Álbum "Cycle Of Disaster" será lançado pelo selo americano Brutal Records