Chegando ao seu décimo sexto álbum de estúdio, os alemães lendários do Thrash Metal alemão do Destruction apresentam “Birth Of Malice”, que chegou dia 07 de março pela Napalm Records, sendo o segundo trabalho com a mesma formação formação que gravou “Diabolical” de 2021. Os singles lançados anteriormente deixaram um gostinho de dúvida, principalmente pela mixagem que parecia um pouco exagerada no volume e balanceamento dos instrumentos, apesar disso, as músicas pareciam ter a pegada de sempre dos alemães, com um Thrash sem rodeios e cheio de energia. Então, bora lá ver como chega esse novo álbum.
Após uma breve abertura com a faixa-título, temos a faixa homônima “Destruction“, nos levando a loucura com riffs incríveis e uma energia insana, com uma performance ótima de Schmier nos vocais, além de dobradinhas de solos de guitarra de Martin Furia e Damir Eskić muito bem sincronizadas. “No Kings – No Masters” tem ótimos riffs, bem memoráveis, além de Randy Black destruindo na bateria, com bumbos duplos executados perfeitamente, viradas insanas e mudanças de andamento muito bem encaixadas.
Com bons riffs e um refrão simples, mas memorável, chega “Scumbag Human Race“. A ponte dá uma freada com um certo groove da bateria que acompanha belos solos de guitarra. “God Of Gore” tem o DNA do Thrash alemão em sua composição, com ótimos riffs e um andamento acelerado, com coros ajudando no verso e refrão a dar um peso maior para a faixa. Schmier ainda tem destaque com o baixo além da voz dessa vez, liderando a ponto que tem um tom mais denso. Ótima música.
“A.N.G.S.T.” tem o andamento mais lento em relação ao restante do álbum, mantendo uma atmosfera mais pesada e tensa. Destaque para o ótimo trabalho das guitarras com riffs mais cadenciados que lideram toda a estrutura da música. Há uma quebra do padrão na ponte, no qual a faixa acelera um pouco, mas não chega a explodir.
“Dealer Of Death” tem bons momentos como o refrão e os solos, mas nada de excepcional, assim como “Evil Never Sleeps“, essa mais cadenciada explorando o groove da bateria e conta com o refrão mais voltado ao melódico com boas harmonias. “Chains Of Sorrow” aparece mais pesada, com andamento médio, mas também não é marcante em nenhum momento.
Chegando na reta final, “Greed” apresenta uma energia mais caótica, com riffs mais marcantes. A bateria é o destaque com mudanças de andamento e uma liderança marcante. O refrão é um pouco mais memorável que os anteriores e nos encaminha bem para o final do álbum. Chegando lá, temos o cover do Accept com “Fast As A Shark“, a qual Schmier já declarou ser grande fã e uma das influências do Destruction. A versão Thrash é mais divertida e com certeza será grande atrativo para os shows futuros.
Bom, vamos lá. O álbum é divertido, tem ótimos momentos em sua primeira metade com faixas mais memoráveis, sua segunda metade não é tão marcante e o ouvinte pode acabar se cansando um pouco durante e audição. A mixagem está boa, mas não cristalina, a causa disso pode ser um certo exagero no volume dos instrumentos que parecem estar tudo no máximo, sem um balanceamento preciso. Ainda assim, é um álbum melhor que o anterior e legal de ouvir no momento, mas que logo vai cair no esquecimento e dificilmente vai ser a primeira escolha dos fãs daqui um tempo.
Trscklist:
01. Birth Of Malice
02. Destruction
03. Cyber Warfare
04. No Kings – No Masters
05. Scumbag Human Race
06. God Of Gore
07. A.N.G.S.T.
08. Dealer Of Death
09. Evil Never Sleeps
10. Chains Of Sorrow
11. Greed
12. Fast As A Shark