Catlea, a artista indie-pop de Cincinnati que já acumulou milhões de streams e views no YouTube, continua a surpreender com seu EP Bones. Mesclando indie-pop, rock, soul e até pitadas de R & B e disco, Catlea entrega uma sonoridade que não só te envolve como também te faz querer levantar e dançar. É aquele tipo de trabalho que parece simples à primeira ouvida, mas que, ao prestar atenção, revela camadas complexas de arranjos e uma produção cheia de cuidado. Se você curte Lana Del Rey, Lykke Li ou Olivia Rodrigo, já pode apertar o play, porque Bones é a sua nova trilha sonora.
A faixa-título, Bones, abre o EP com um pop rock dançante que é praticamente um convite para o movimento. A combinação de uma linha de baixo groovada, guitarras swingadas e a voz super afinada de Catlea cria uma vibe leve, mas cheia de personalidade. A produção é limpa, com cada elemento brilhando no momento certo, e o resultado é um som tão envolvente que você pode até se pegar batendo o pé sem perceber. É o tipo de faixa que te faz querer rodar por uma pista de dança iluminada por globos espelhados.
Crumbling muda o tom completamente. Começando com um piano suave e dramático, a faixa é intimista e quase cinematográfica. Aos poucos, ela cresce e ganha camadas, se transformando em um pop dançante grandioso. Os sintetizadores entram de forma sutil e depois se expandem, acompanhados por batidas marcantes e uma linha melódica que te pega de jeito. É impressionante como Catlea equilibra delicadeza e intensidade aqui, mostrando que sabe exatamente como construir uma faixa para atingir o auge no momento certo.
Depois vem Lying, e aqui fica claro o que é a marca registrada de Catlea: começar com um clima melancólico e transformar isso em algo cheio de energia e frescor. A produção é elegante, com arranjos que dão espaço para a voz brilhar, enquanto as batidas ganham corpo aos poucos. Mesmo que o estilo possa não ser o preferido de todo mundo – inclusive não é o meu, é impossível ignorar o talento da artista em criar canções que renovam as energias.
O encerramento com Like Me é um ponto alto, mas com um twist. Diferente das outras faixas, essa começa com uma pegada intimista e cresce não para o pop dançante, mas para uma sonoridade mais melódica e indie. Camadas de elementos ambientais criam uma atmosfera rica, quase flutuante, onde cada detalhe parece estar lá para amplificar a emoção. É um fechamento perfeito, que mostra um lado mais contemplativo de Catlea sem perder o impacto.
Bones é uma aula de como misturar influências e entregar algo único. Catlea equilibra perfeitamente o pop acessível com momentos que desafiam as fórmulas tradicionais, brincando com arranjos e atmosferas de um jeito que mantém o ouvinte sempre interessado. Além disso, a produção é impecável, com escolhas sonoras que mostram um domínio técnico incrível. Seja você um fã de baladas introspectivas ou de hits dançantes, tem algo aqui pra todo mundo.
Se tem uma coisa que define Bones, é a sua energia. Catlea prova que é mais do que uma artista em ascensão: é uma força criativa que sabe como combinar emoções, ritmos e melodias de forma que tudo faça sentido. No fim, o EP é uma experiência que conecta, anima e deixa aquela vontade de ouvir tudo de novo. E de novo.