Fortitude, por si só, já carrega consigo um peso de legado no cenário hardcore desde 1997. Composta por Pat Edge nos vocais, Big Dave na bateria, Otial no baixo e Wes B na guitarra, essa banda da Flórida é uma verdadeira instituição do Old Ethics Hardcore, um termo que reflete uma época em que o punk era perigoso e ambicioso. Uma época que, mesmo hoje, tenta influenciar novas bandas a abordarem o hardcore com metas realistas de união, inclusão e compreensão.
Esse novo registro resenhado aqui é um ao vivo DCxPC Live – que está em seu Vol. 12. O propósito pelo qual o DCxPC Live existe, nós já falamos anteriormente: Para apoiar a cena de maneira positiva, lançando material de bandas do cenário Punk, Hardcore e Metal, de forma visceral e apaixonada.
Com 11 faixas que transmitem uma mistura destemida de influências, a banda explode em uma celebração de 25 anos de demos e álbuns completos. Gravado ao vivo no infame Uncle Lou’s em Orlando, FL, este álbum é uma viagem sônica através do tempo e do espaço do hardcore.
Iniciando com “Star Spangled Hate”, a Fortitude estabelece a toada com uma ferocidade característica. A intensidade da execução ao vivo é brutal, cada acorde e batida ressoando com uma energia que só pode ser encontrada em um show ao vivo genuíno. “Return Of The Real” e “Red Aunt Riot” mantêm o ritmo frenético, destacando a habilidade técnica e a paixão que a banda carrega consigo.
“The Aftermath” é um clássico do grupo! Não há o que comentar sobre ela, a nao ser que ela explode nossos ouvidos e nos faz gritar “THIS IS NOT A TEST!!” – simplesmente a energia ao vivo desses caras é tanta que escorre nos ouvidos de quem ouve isso fora do ambiente – a energia é tanta que você se transporta imediatamente para o show com esse registro. “Six Million Cries” e “Old Ethics” continuam a rotação frenética e brutal, com riffs cortantes e uma entrega vocal poderosa de Pat Edge. Essas faixas capturam a essência do Old Ethics Hardcore, relembrando uma era onde o som e a mensagem eram cruciais para uma reflexão.
Sem massagem, o Fortitude quebra tudo com “Let’s Face It”, em “How Many” a” energia é a mesma – essa hora eu já estava despido de pudor e já estava me ajeitando na cadeira enquanto ouvia e escrevia essa resenha, simplesmente Fortitude é capaz de fazer isso. Riffs Brutais um atrás do outro, sem parar, sem conversa, sem firula – isso é o que resume esses veteranos ao vivo.
A nona faixa,“Hazed” marca a reta final, ela prepara pra brutal “Terrycloth March”, que dilacera tímpanos e corta cabeças tamanha a violência e raiva contidas nessa faixa.
“The Game” encerram o álbum, deixando os ouvintes em um estado de êxtase. A fusão única de NYHC e posi-core do Fornitude, é a mistura perfeita para a destruição, e fomos testemunha disso nessa audição – que disco, que ao vivo.
Cada faixa é uma expressão autêntica da resistência da banda ao longo dos anos, uma ode ao espírito imortal do hardcore. Este álbum ao vivo é mais do que uma coleção de músicas; é uma celebração da fortaleza da Fortitude e da vitalidade do hardcore. Fortitude não é apenas uma banda; é uma instituição, e este álbum é a captura da essência inabalável do hardcore. Portanto, ajuste o volume. O punk não está morto