Resenhas

Empyrean

Fallujah

Avaliação

8.0

A banda de Technical Death Metal de São Francisco, Califórnia, Fallujah, estará lançando o seu novo álbum de estúdio, “Empyrean”, no dia 9 de setembro via Nuclear Blast Records. O quinto Play dos caras foi escrito renovados e inspirados, segundo a própria banda, criando algo que representasse sua história em sua forma mais pura. Vamos destrinchar essa proposta!

Vale lembrar que a banda teve algumas baixas antes do lançamento do álbum, como as saídas do vocalista Antonio Palermo e do baixista Rob Morey, respectivamente substituídos por Kyle Schaefer e Evan Brewer. Além disso, o guitarrista Nico Santora também deixou o cargo, ainda sem substituto anunciado.

Com muita técnica e uma competência impressionante de seus membros, o Fallujah tem evoluído bastante desde seu debut, “The Harvest Wombs”, de 2011. Agora, temos dez faixas poderosas e cheias de energia. Você vai encontrar muita técnica com uma certa pegada Djent e muitos, mas muitos blast beats, além de alguns refrãos marcantes. Pois bem, com a banda renovada, o álbum se inicia com “The Bitter Taste Of Clarity” e “Radiant Ascension”, ambas mantendo a mesma estrutura, com muito destaque para a tecnicidade nos riffs.

Em seguida, temos alguns momentos mais melódicos em “Embrace Oblivion”, que conta com a voz angelical de Katie Thompson (Kiasma), que também empresta seus talentos na faixa seguinte, “Into The Eventide”, contrastante perfeitamente com o gutural raivoso de Santora.

Um riff agressivo conduz “Eden’s Lament”, a mais curta do álbum, com uma performance impecável do baterista Andrew Baird, com viradas impressionante e blast beats que esmagam seus ouvidos. Na mesma marcha vem “Soulbreaker”, que ainda conta com harmonias feitas pela guitarra que engrandecem demais o instrumental.

Duality Of Intent” chega um pouco mais acelerada, se é que é possível, mais uma vez com destaque para Baird que faz viradas ótimas. Ainda conta com um solo bastante virtuoso antes de seu final, bastante agradável de ouvir. “Mindless Omnipotent Master” conta com participação do vocalista David Wu do Cyborg Octopus, com vocais mais voltados ao Fry Scream, também contratando bem com os guturais. na ponte ainda temos um vocal no estilo Deftones, mais dramático, antes da agressividade voltar com os dois pés no peito.

Na reta final, temos a instrumental pesadíssima “Celestial Resonance”, com solos técnicos, bateria com um certo Groove e teclados harmônicos que nos empurram para a faixa de encerramento, “Artifacts”, a mais longa do álbum com seus sete minutos. Raivosa, impiedosa, progressiva, sem dúvidas é a melhor faixa do álbum. Conta com a agressividade que a banda já mostrou que sabe fazer com maestria, além de vocais limpos melódicos e atmosféricos, com solos de guitarra impiedosos. Fecha de forma magnífica a audição.

Incrivelmente, todos as conturbadas saídas praticamente em cima da hora não afetaram o desempenho do Fallujah, um álbum sólido, bem estruturado e com algumas surpresas positivas fazem a execução ser bastante graciosa. Peso e melodia andam de mãos dadas em um dos álbuns de 2022 que merecem um tempinho da sua atenção.

Tracklist:

01. The Bitter Taste Of Clarity
02. Radiant Ascension
03. Embrace Oblivion
04. Into The Eventide
05. Eden’s Lament
06. Soulbreaker
07. Duality of Intent
08. Mindless Omnipotent Master
09. Celestial Resonance
10. Artifacts