The End Is Near, uma banda de deathcore originária de Orange County, CA, emerge com seu novo EP ‘Executioner’, trazendo uma sonoridade crua e direta, que vai agradar especialmente os fãs do estilo mais tradicional do gênero. Gravado, projetado e produzido por Tim Baker em seu estúdio caseiro, este lançamento prepara o terreno para o álbum de estreia, onde a banda entrega uma performance densa e brutal em todas as faixas do disco.
A abertura com a faíxa título é um convite para o mundo pesado, sombrio e emotivo de The End Is Near, com riffs pesados e melódicos e vocais intensos, já mostrando logo de cara para que a banda veio. A canção mantém o ritmo cadenciado e grave, emulando o som gordo e melancólico do metalcore, com agressividade e técnica. Uma faixa muito rápida e com uma melodia que nos vicia. Sem dúvidas, é a faixa mais comercial do disco, perfeito para rádios, podendo se tornar um hino – apesar de ter apenas 1 minuto e 10 segundos.
Em “Death Is Freedom For Every Soul” o tom agressivo característico do metalcore continua. Um ponto interessante é o detalhe de ouvirmos os trastejos dos dedos escorregando nas cordas distorcidas, que criam ruídos agudos e enfatizam ainda mais a violência do som. Esta é a faixa mais mais agressiva do disco, onde é possível perceber a influência oldschool da banda no death metal, mas há um toque mais moderno, sendo perfeitamente uma banda nova que soube abraçar a modernidade e criar um ambiente moderno influenciado pelos pioneiros do estilo. Há muita técnica no som também, com os clássicos breakdowns que vem ganhando notoriedade mesclado com uma melodia mais suave. Os vocais com guturais perfeitos e souberam usar suas influências até o último, adicionando o próprio tempero. É a faixa de maior duração no EP.
“Digging Ditches” continua a brutalidade e explode de agressividade e riffs sinuosos que vem e voltam e convidam a todos para bater cabeça. Aqui sentimos muita influência do metal moderno nos vocais e nos riffs – puro suco do deathcore, uma tempestade sonora. A canção entrega riffs de guitarra memoráveis em uma introdução que muda o ambiente, onde somos surpreendidos com vocais agressivos e muito técnicos, a bateria segue o ritmo rápido e potente, fervendo o puro metal moderno, junto com o baixo que marca forte presença em um groove forte e mantendo o clima denso, para criar um som mais acessível e memorável. Os vocais cantam rimas brutais com voz forte e corajosa, com vocais mais melódicos de Alex Grunbaum.
Para encerrar, “Grindhouse” entrega a brutalidade mas com riffs ritmicos e bem melódicos. mantendo o som denso e melódicos, e a energia moderna que já é assinatura do The End Is Near. A faixa explode melancolia e riffs sinuosos que vem e voltam e convidam a todos para bater cabeça, exalando muita técnica nos instrumentos, quebras que lembram metal moderno e uma imensidão de jovens que souberam utilizar a técnica clássica mas incorporar tons modernos. Esse EP vem com um ritmo que nenhum fã do estilo poderá colocar defeito.
Como a banda enfatiza: “Com pouco menos de 8 minutos, este EP foi pensado para ser vivenciado como uma jornada coesa, culminando em faixas explosivas”. No entanto, é importante notar que The End Is Near se aventura muito além dos limites do estilo tradicional de metalcore. O grupo não pisa no freio quando o assunto é criar melodias mais inovadoras e não convencionais.
Isso resulta em um som bem executado, fiel às raízes do gênero, mas com com inovação. Para aqueles que são fãs do estilo, The End Is Near oferece exatamente o que se espera: riffs pesados e rápidos, vocais guturais e rasgados e uma atmosfera sombria. Para os apreciadores de metal técnico e moderno, ‘Executioner’ é um prato cheio, mantendo-se fiel aos fundamentos do gênero sem explorar novos territórios sonoros.