Após 7 anos de muita dor, muitas dúvidas sobre o futuro da banda, se voltariam com outro nome, outro vocalista, enfim, o Linkin Park anunciou sua volta com Emily Armostrong nos vocais, substituindo o saudoso Chester Bennington, além de Colin Brittain na bateria, substituindo Rob Bourdon, que decidiu não seguir em frente com a banda nesse retorno. Logo no anúncio de sua volta, uma chuva de novidades na cara dos fãs: nova turnê, novo single e novo álbum. “From Zero” chega nessa sexta-feira, 15 de novembro, prometendo um recomeço para a já consagrada banda.
O single de retorno é a explosiva e enérgica “The Emptiness Machine“, que já se tornou um dos maiores hits da banda nas plataformas digitais, já superando 250 milhões de streamings. Um cartão de visita muito bem escolhido para liderar essa nova fase, já que Emily mostra todo o seu poder vocal no refrão e Mike Shinoda mostra sua evolução como cantor em todos esses anos de pausa da banda.
A banda explora alguns dos estilos já propostos em outros álbuns, desde o Metal Alternativo com “Casualty“, a qual tem os melhores gritos de Emily e Shinoda cantando de uma forma mais agressiva, diferente de tudo o que o rapper já fez com a banda. Também explorando esse lado mais pesado temos “IGYEIH“, a qual apresenta um riff pesado que acompanha a vocalista apresentando sua versatilidade alternando entre cantos limpos e gritos, com um refrão muito bem construído.
Explorando o seu lado mais New Metal, “Two Faced” apresenta uma base muito parecido com o que a banda mostrava nos primeiros álbuns, mais precisamente no “Meteora” (2003), faixa nostálgica com um ar de novidade. “Heavy Is The Crown” é outro single que tem feito bastante sucesso e tem uma estrutura semelhante a “Faint” e nuances de “Given Up“, principalmente pelo grito mais estendido de Emily. “Cut The Bridge” poderia facilmente ser uma faixa do “Minutes To Midnioght“, inclusive sua bateria tem uma vibe que lembra “Bleed It Out“, o refrão é simples e de fácil assimilação, então pode funcionar muito bem ao vivo.
Agora explorando novas ideias, tem músicas onde Mike tenta uma forma mais moderna de fazer suas rimas, como em “Overflow“, onde alterna entre as rimas mais arrastadas e cantos mais limpos. A faixa é mais Pop e tem pouco peso, o que mostra que Emily pode explorar vocais mais suaves também. Isso também é mostrado em “Over Each Other“, outro single que fez menos barulho, mas é uma boa faixa que tem mais ênfase na vocalista.”Stained” também busca uma abordagem méis popular, lembrando mais uma faixa da carreira solo de Shinoda. “Goo Things Go” fecha o álbum em um clima mais ameno. Os versos contam com cantos e raps de Shinoda alternando com vocais de apoio de Emilky, o refrão é forte e cria uma atmosfera de encerramento e fica a sensação de que há algo mais por vir.
Pra ser bem sincero, há quem possa torcer o nariz para o álbum sem nem mesmo escutá-lo, tudo por birra contra Emily, e eles não sabem o que vão perder. Temos um álbum sólido, seguro, no qual a banda explora com maestria todas as fases do passado, dando aquele toque de modernidade e identidade que precisam buscar com essa nova formação. O mais importante, respeitam seu legado, Emily Armostrong não está tentando ser Chester Bennington, ela tem suas qualidades e as deixa bem explicitas ao decorrer do álbum. “From Zero” parece ser apenas o início de algo monstruoso que a banda está preparando para os próximos anos e como é bom ter o Linkin Park de volta!
Tracklist:
1. From Zero (Intro)
2. The Emptiness Machine
3. Cut the Bridge
4. Heavy Is the Crown
5. Over Each Other
6. Casualty
7. Overflow
8. Two Faced
9. Stained
10. IGYEIH
11. Good Things Go