David Moore, é o nome da vez em nosso review. O talentoso cantor e compositor de Dallas, Texas, apresenta seu álbum “Get The Led Out!”. Depois de uma pausa de 20 anos na música para se dedicar à família, David retornou com força total, lançando seu primeiro álbum solo no final de 2022, seguido por um segundo na primavera de 2023. Ambos os álbuns tinham uma pegada mais folk/rock, mas com “Get The Led Out!”, ele decidiu abraçar suas raízes no rock com mais intensidade, trazendo uma mistura vibrante de influências e sonoridades que prometem agradar tanto os fãs antigos quanto os novos ouvintes.
David Moore não está sozinho nessa jornada musical. Ele reuniu um grupo de músicos experientes que contribuíram para criar um som coeso e poderoso ao longo das 10 faixas do álbum. A produção, edição, mixagem e masterização são todas assinadas por David, o que garante uma identidade sonora única e pessoal ao projeto. As influências são claras: uma mistura de rock clássico com pitadas de blues e funk, resultando em uma experiência auditiva rica e dinâmica.
O álbum abre com “Paid My Dues”, uma faixa que imediatamente estabelece o tom do disco com guitarras robustas e uma batida marcante. Com uma pegada 70’s envolvente que explora a psicodelia, o funkeado do rock dessa época e a atmosfera. Logo em seguida, “Mama Dance” apresenta uma batida “Ram Jam” e riffs de guitarra que remetem ao melhor do rock dos anos 70, fazendo qualquer um querer se levantar e dançar. É literalmente como se estivessemos em um show de Rock dos anos 70, o uso dos instrumentos de sopro agregados a guitarra, são os maiores responsáveis por isso
A faixa-título, “Get The Led Out!”, é uma colaboração com Chris McConville e se destaca como um dos pontos altos do álbum. Com uma energia contagiante, um jazz com hard rock, a música traz uma fusão impressionante de riffs poderosos e um groove que é impossível de ignorar, a mixagem brilhante reforça ainda mais a estética – a faixa é quase como uma homenagem ao Bachman Turner Overdrive. Já “Hully Gully” segue essa mesma linha, mas com uma pegada mais folk e uma harmonia vocal que adiciona profundidade à faixa.
“Empty Man” entra, e ressoa diferente das demais, com um apelo folk e dando ênfase ao violão acústico, essa faixa traz uma vibe mais cigana oferecendo um interlúdio mais introspectivo, mas não menos impactante. Aqui, a execução da guitarra é especialmente notável, criando uma atmosfera melódica e tocante. Em “Magic Woman”, David traz a tona a vibe vista em Jefferson Airplane em seus primeiros discos, com camadas de instrumentos que se entrelaçam de maneira hipnotizante, que transporta você para woodstock em uma viagem de ácido ao som de uma cítara( aqui emulada em certos momentos).
“Don’t Fall Away” e “Funk Off” mantém a psicodelia, com a primeira sendo uma balada submersa, onde a gravação – que soa ter sido gravada ao vivo, traz novamente a sensação e a estética de um disco gravado em 1970, enquanto a segunda, de estética totalmente diferente, mergulha profundamente no funk Jazz, com linhas de baixo pulsantes e uma seção rítmica que faz jus ao título da faixa, um teclado poderoso aliado a um solo pesado tudo isso aliado a uma guitarra simples e de um brilho sonoro único – uma faixa que vai te lembrar trabalhos de Roger Waters – sem dúvida. “Dance Of The Firefly” é um solo gravado em uma estética gospel – um instrumental interessante mas que difere de todo álbum, perto das outras faixas – essa é o ponto mais baixo do disco, com uma estrutura lenta e pouco cativante.
O álbum fecha com “Open Your Heart”, uma faixa épica que sintetiza todas as influências exploradas ao longo do disco, aqui temos a energia 70 ‘s de volta. Com uma canção deixa a vibe leve e lisérgica, por vezes, os vocais te puxam até para o post punk, deixando tudo muito interessante e diferente.
“Get The Led Out!” é um álbum que em cada faixa é um ode aos anos 70, e é evidente que David sabe o que faz e como fazer. Para os amantes do rock, este é um álbum que não pode ser ignorado. se você gosta do estilo 70’s e final de 60’s – de bandas como Cream, The Yardbirds, Love, Bachman Turner Overdrive, Pink Floyd, Guess Who e etc – Isso aqui é o que você precisa!
