Resenhas

If The Sky Came Down

Lost Society

Avaliação

8.0

Se afastando de vez do Thrash Metal de seus primórdios, os finlandeses do Lost Society agora apostam no Metal Moderno com uma pegada influenciada pelo Groove e Metalcore. Com uma energia contagiante, estão lançando o álbum “If The Sky Came Down” em 30 de setembro via Nuclear Blast. Prepare-se pois tem coisa boa vindo por aí.

Muitos podem torcer o nariz pela mudança de sonoridade, mas a competência de seus integrantes é a mesma. “112” abre o álbum com um refrão pegajoso e riffs rápidos, misturando os vocais limpos e rasgados como uma ótima faixa de Metalcore. “What Have I Done” segue a mesma linha, um pouco mais agressiva e com versos mais cantados. A parte da ponte deve funcionar muito bem nos shows ao vivo.

(We Are The) Braindead” tem uma abertura eletrônica e mostra muita influência do Slipknot, aliás é muito parecida com “Eyeless” dos mascarados. Inclusive seus vocais falados remetem muito ao que Corey Taylor faz com maestria. Destaque para o solo de guitarra contagiante. Uma faixa interessante que estaria facilmente em um álbum de Nü Metal.

Stitches” foi um dos singles principais e carrega bem a proposta do álbum, soa mais acessível com momentos de puro ecstasy em seu refrão. Você ouve até uns scratches de DJ perto do final. Em “Awake” temos arranjos orquestrados casando perfeitamente com os pesados riffs. Tem um andamento mais dramático e melódico e soa diferente das demais faixas, com um capricho a mais. Sem dúvidas uma das melhores canções da banda.

Voltamos aos trilhos com “Underneath”, mais agressiva e com coros que serão incríveis ao vivo. Seu refrão não é tão marcante como as anteriores, mesmo assim é uma boa faixa. “Creature” e “Hurt Me ”tem andamentos parecidos, com mais partes de guitarra e voz limpas, com um refrão mais pesado e marcante. A segunda ainda conta com algumas partes mais grooveadas com um baixo marcante e uma ponte mais agressiva com pedais duplos aparecendo.

A faixa-título muitas vezes é designada a ser a melhor do álbum, não por acaso é escolhida pra dar nome ao trabalho. Aqui não podemos dizer que é a melhor, mas com certeza é a que representa melhor o som proposto. Tem todos elementos presentes nas outras faixas e é marcante, passa uma sensação de que será uma das clássicas do Lost Society no futuro.

Fechando o álbum vem “Suffocating”, uma balada no piano que parece ser cantada com muito amor e emoção pelo vocalista Samy Elbanna. Apesar de ser mais pra baixo em comparação ao restante do álbum, faz bem o papel de ser o encerramento.

O Lost Society mostra que pensa grande, expandiu seus horizontes com a mudança de sonoridade em busca de abrir o leque para uma maior legião de fãs. Quanto ao álbum em si, uma produção muito bem feita e mixagem perfeitamente polida fazem tudo ser bastante satisfatório de ouvir. Mesmo nesse novo ciclo, o álbum deve agradar fãs antigos também.

Tracklist:

01. 112
02. What Have I Done
03. (We Are The) Braindead
04. Stitches
05. Awake
06. Underneath
07. Creature
08. Hurt Me
09. If The Sky Came Down
10. Suffocating

Formação:

Samy Elbanna – vocal, guitarras
Arttu Lesonen – guitarras, backing vocals
Mirko Lehtinen – baixo, backing vocals
Taz Fagerström – bateria