A COVID-19 marcou uma época triste de caos no mundo, mas também proporcionou criação de pojetos que se perpetuam até hoje. Quando o mundo foi impactado pela pandemia, 22 músicos em 7 continentes usaram o BandLab para colaborar virtualmente e criar um álbum para caridade, provando que a música poderia prosperar durante a COVID. Desde então, a banda continuou a crescer e avançar, adicionando vários novos membros e lançando mais cinco álbuns. Hoje, entregam mais um grandioso trabalho.
Intercontinen7al criou uma fusão única de sons que transcende gêneros e desafia expectativas. ‘World Over’ é a primeira compilação no formato de EP, após 6 álbuns completos, e ao mergulhar nele, somos imediatamente transportados para uma viagem sonora que oscila entre o conforto de um fundo musical e a profundidade de uma imersão total. A mistura de elementos regionais e guitarras cria uma paisagem auditiva que é ao mesmo tempo reconfortante e provocativa.
“Com cada música do EP apresentando a paleta musical diversificada da banda e a colaboração internacional, World Over é um marco significativo na história da música que exemplifica o poder de unir artistas de todo o mundo para criar algo verdadeiramente extraordinário”, afirma o projeto.
“Puerto Aisen” abre o álbum com uma atmosfera envolvente, onde a calma e serena que te abraça como um acalento, é simplesmente uma introdução perfeita. Suave e angelical, criando uma sensação de movimento e exploração com aquele ritmo latino que exala uma magia única. Sensações essas que permeiam todo disco. O álbum em si é uma verdadeira jornada sonora, que com certeza pega os fãs de diversos estilos, uma proposta progressiva, espectral e espacial que te faz mergulhar do início ao fim.
“Night Shift”, é a faixa mais chamativa, traz uma dinâmica interessante, e uma introdução de guitarra de abertura gravada na Antártida. A faixa traz a tona um folk rock com tons de música country e um dueto vocal que hipnotiza o ouvinte a cada segundo que a faixa cresce, até culminar em uma guitarra espaçada e repleta de eco e reverberação – misturando o clima regional, algo que a essa altura se tornara característica única do grupo.
“Buttlerflies” traz linhas de piano bem melódicos e um clima jazzista, com vocais encantadores, como se fossem retirados de um filme. “The Chamber” traz uma dinâmica interessante, sendo a faixa mais de rock progressivo, como uma retomada de energia. Aqui, eles mostram sua habilidade de criar motivações e verdadeiras escadas emocionais para canções, colocando peso, melodia e feeling juntos de forma coerente e coesa., com mais de 8 minuto
A Última faixa, “Manor Hill” encerra o álbum de forma majestosa, uma canção já conhecida por quem acompanha o projeto com uma sonoridade que evoca o respiro final, o descanso após uma longa jornada. A melodia final é ao mesmo tempo nostálgica e esperançosa, encerrando o EP de forma memorável com a faixa remasterizada, lançada originalmente no início do projeto em 2020.
É possível enxergar o quanto a nação é a pauta principal nas composições do projeto, e isso fica mais evidente a cada faixa. Pode não ter sido intencional, mas isso coloca o grupo no patamar de atual e antenado na tendência. Em resumo, ‘World Over’ é uma obra que merece ser explorada em todas as suas nuances. A habilidade deste projeto em juntar diversos músicos e mesclar instrumentos regionais, resulta em uma experiência auditiva rica e envolvente, que certamente deixará uma marca duradoura em qualquer ouvinte.
