Resenhas

Omens

Omens

Avaliação

9.0

O Omens estreia com seu novo álbum homônimo, e eles vieram preparados para deixar sua marca no metal contemporâneo. Formada em Winnipeg, no Canadá – uma cidade dura que parece ter moldado o espírito da banda – o grupo é composto por Mike Keller, que destrói na guitarra; Don Jacks, que soca os tambores com fúria; Trevor Tuminski, vocalista e guitarrista; e Mike Onufreychuk, que faz o baixo tremer os alicerces. “Omens” é uma explosão de 12 faixas que, mesmo sem reinventar a roda, cobre tudo com uma boa camada de lama pesada e riffs memoráveis.

O álbum começa com “Divide and Conquer”, uma abertura agressiva e empolgante. Os riffs são afiados, o ritmo pulsa e o refrão gruda como chiclete. Trevor Tuminski solta os vocais com energia visceral, definindo o tom para o que está por vir. Logo em seguida, “Make it Quick” aposta em uma pegada old school dinâmica e melódica. A faixa carrega variações rítmicas que mantêm a tensão e mostram uma banda em pleno domínio de suas armas sonoras.

“Black Magic” é quase pop metal. Os riffs otimistas e o ritmo enérgico preparam o terreno para um solo que faz a guitarra de Keller brilhar com uma intensidade absurda. A faixa-título, “Omens”, segue como uma homenagem ao thrash metal clássico, com riffs intrincados e mudanças de tempo bem trabalhadas.

Seguimos com “Loose Ends” que não perde o fôlego, enquanto “World Falls Away” põe o termo progressivo em prática, lembrando grandes momentos de bandas como Metallica. A construção instrumental aqui é simplesmente brilhante, com uma bateria poderosa e marcante. “Unworthy” desacelera um pouco, pedindo um momento mais reflexivo mas sem perder o peso. As influências de Megadeth e Alice in Chains são nítidas, com uma atmosfera melancólica que abraça a faixa por completo.

Outra faixa que abusa das referências clássicas é “Damaged Goods” que mergulha ainda mais nas referências ao Metallica, especialmente nos vocais e nos arranjos de guitarra. Em “Trapdoor” o progressivo e o grunge se completam, com uma introdução misteriosa que explode em riffs que dançam pela mente do ouvinte. “Goodbye Forever” é puro rock n’ roll sujo e pesado, aquecendo o terreno para a sentimental e intrincada “Was I You Were You Me”. Por fim, fechando com chave de ouro, “Crowd Pleaser” entrega uma mistura irresistível de thrash, groove e new metal. Os vocais roubam a cena, enquanto a guitarra faz mágica, dando ao álbum o encerramento que ele merece.

Se você curte Metallica, Megadeth ou até mesmo o groove pesado de bandas como Pantera, o Omens é para você. “Omens” é um álbum que pega fogo do começo ao fim! Ouça o: