Resenhas

Ravage Of Empires

Benediction

Avaliação

9.0

O Benediction, banda veterana de Death Metal britânica, voltou com força total após um hiato, lançando o álbum “Scriptures” em 2020, que superou as expectativas e se conectou com seus fãs, mostrando uma sonoridade agressiva e implacável. O álbum, que marcou o retorno do vocalista Dave Ingram, teve um grande sucesso, chegando ao #11 das paradas alemãs. Após uma série de shows em festivais e turnês, o Benediction está pronto para lançar seu novo álbum, “Ravage of Empires“, que chega dia 4 de abril de pela parceria Nuclear Blast / Shinigami Records no Brasil, prometendo mais uma vez um ataque brutal e implacável ao estilo Death Metal.

A produção, assinada por Scott Atkins, é impecável, com um som pesado, mas claro, que permite apreciar cada detalhe das composições. Os riffs, marca registrada da banda, são implacáveis, alternando entre momentos de pura violência e passagens mais cadenciadas, criando uma dinâmica que mantém o ouvinte em constante atenção. Começando com a rápida “A Carrion Harvest“, que apresenta um break agressivo ao estilo Slayer e riffs rápidos e poderosos, preparando o terreno para composições brutais e consistentes. “Beyond the Veil (of the Grey Mare)” mantém a pegada, com algumas passagens menos agressivas e com destaque para o baixo de Nik Sampson. Com uma pegada Thrash chega “Genesis Chamber“, cheia de raiva, os riffs rasgam seus tímpanos e o andamento rápido te contagia a bater cabeça. A banda diminui a marcha e entrega riffs cadenciados em “Deviant Spine“, mas de modo algum perde o peso, somente velocidade.

Outra faixa que mostra a força das novas composições é “Engines Of War“, a qual foi escolhida como um dos singles antecipados. A faixa tem uma pegada mais animada que a anterior, além de soar perfeita pra agitar o mosh pit nos shows. Os riffs de “The Finality of Perpetuation” nos remetem ao Slayer novamente e aqui temos uma das melhores faixas do Play, com muita agressão sonora que adoramos. “Crawling over Corpses” alterna em momentos de velocidade e cadencia, mesmo que de forma tímida, mas apresenta uma dinâmica interessante em seu andamento. “In the Dread of the Night” mantém a pegada Thrash e não deixa a peteca cair. Os riffs são bem trabalhados e misturam um pouco de Exodus com Death Angel. Só é uma música de Death Metal por conta dos vocais mais voltados ao gutural de Dave Ingram.

Em sua fase final, o álbum nos apresenta três faixas brutais. A primeira é “Drought of Mercy“, com andamento mais progressivo, tem algumas quebras de ritmo interessantes, com o refrão mais cadenciado que não demoram muito a trazer os riffs ríspidos de volta. “Psychosister” tem bastante ênfase nos pedais duplos, com um certo groove em certas partes da bateria, seu andamento é médio mas não menos brutal e nos encaminha para a mais brutal do álbum: “Ravage Of Empires“, a qual encerra o álbum de uma maneira muito satisfatória, com riffs brilhantes e uma pegada que lembra bastante o Testament em momentos pontuais do refrão principalmente.

Audição mais do que divertida com o Benediction mostrando que continua implacável. As influências do Thrash estão me bastante evidencia e as composições parecem mais dinâmicas em comparação ao álbum de retorno, “Scriptures” (2020). Prepare-se para bangear muito com um álbum sólido e lotado de riffs insanos!

Tracklist:
01. A Carrion Harvest
02. Beyond the Veil (of the Grey Mare)
03. Genesis Chamber
04. Deviant Spine
05. Engines of War
06. The Finality of Perpetuation
07. Crawling over Corpses
08. In the Dread of the Night
09. Drought of Mercy
10. Psychosister
11. Ravage Of Empires

Formação:
Darren Brookes (guitarra)
Peter Rew (guitarra)
Dave Ingram (vocal)
Nik Sampson (baixo)
Giovanni Durst (bateria)