Resenhas

Songs in the Key of Crazy

Oliver Jordan

Avaliação

9.0

‘Songs in the Key of Crazy’, o mais recente álbum de Oliver Jordan, é uma jornada caótica através das profundezas da mente, onde influências de rock alternativo, grunge, punk, industrial e gótico colidem para criar um experiência sonora intensa e hipnotizante. O disco traz quinze faixas contagiantes e além do sentimento forte que sentimos através das músicas, há toda a ideologia e mensagem que Oliver passa, provando seu talento e uma mente brilhante fazendo arte.

Sobre o álbum Oliver diz: “Todas as músicas foram escritas em vários períodos no hospital psiquiátrico, onde não há muito o que fazer além de pensar até morrer e tomar comprimidos. A música me serve como um mecanismo de enfrentamento e sempre salvou minha vida. Então acho que continuarei fazendo música, mesmo que ninguém esteja ouvindo. Porque… é o que eu faço”

O álbum se inicia com “Dr. Prinzhorn”, uma faixa que, de forma única, mistura batidas agitadas e uma estética sonora que evoca a atmosfera sombría de Rob Zombie por exemplo. Sem perder tempo, “Take the Tranquilizer” mergulha em um pós-punk que se transforma em um metal industrial pesado e brutal, mostrando a versatilidade sonora do artista.

“Abuse of a Corpse” nos leva a uma estética sonora que ecoa os álbuns de Marilyn Manson, com sua mistura de elementos sombrios e industriais. Em seguida, “Raped by a Robot” surpreende com um violão alegre e uma batida agitada, evocando a estética sonora característica do Smashing Pumpkins.

“Pedestal” traz um post-punk melancólico que poderia ser comparado à estética sonora do Nirvana, capturando uma aura de melancolia e reflexão. “Cryptic” é uma reviravolta acústica, gravada de forma amadora, mas poderosa e única em sua simplicidade.

Com “1521”, somos transportados para um metal industrial que transita para um ritmo gótico pesado, remetendo à estética sonora do Type O Negative. “Molotov” introduz uma canção noir soturna com uma batida pop constante, criando uma atmosfera única e envolvente.

“We Hate the Light” é descrita como a trilha perfeita para um passeio noturno em uma necrópole vazia, destacando a capacidade de Jordan de criar ambientes sonoros distintos e provocativos.

O álbum, mesmo sendo soturno e caótico, irradia energia e raiva, cativando os ouvintes de maneira hipnoticamente frenética. Cada faixa é uma peça única em um quebra-cabeça sonoro coeso, refletindo a jornada pessoal e emocional de Oliver Jordan. “Songs in the Key of Crazy” não é apenas um álbum, é uma experiência auditiva que mergulha nas profundezas da mente humana e ressurge com uma expressão musical visceral e autêntica.