Resenhas

Through Storms Ahead

As I Lay Dying

Avaliação

8.0

Pensa em uma fase ruim pra uma banda. Prestes a lançar o seu novo álbum, “Through Storms Ahead”, o As I Lay Dying passou por um verdadeiro inferno nas últimas semanas, simplesmente todos os membros, a não ser o vocalista Tim Lambesis deixaram a banda, todos mais ou menos pelo mesmo motivo que seria o livramento de um ambiente tóxico. Mesmo assim, o álbum saiu dia 15 de novembro e é hora de dar uma conferida no que a banda nos trouxe.

Sendo uma das pioneiras do Metalcore e vindo de um álbum de retorno muito bem recebido por fãs e crítica, não poderíamos esperar algo apenas mediano ou mais do mesmo. Aqui a banda apresenta o clássico Metalcore com riffs pesados e melódicos, mesclando os guturais de Lambesis com os vocais limpos do baixista Ryan Neff, algo muito mais explorado nesse álbum do que nos anteriores.

A lista de faixas inclui pouca variação de ritmos, com as composições mantendo basicamente a mesma estrutura, com poucas exceções. Não contando a abertura “Permanence” que conta com violões seguidos de uma bela melodia na guitarra, a partir de “A Broken Reflection” as coisas ficam monótonas, com sempre um riff base muito bem trabalhado sendo acompanhado de uma bateria insana que vai seguindo até o refrão mais malodioso. “Burden” segue o roteiro com um pouco mais de objetividade. Também temos participações especiais em “We Are The Desd” com Alex Terrible do Slaughter To Prevail e Tom Barber do Chelsea Grin, adicionado mais agressividade ainda.

A faixa título tem uma grande carga emocional no refrão, bem melódico e com mesclas de momentos mais pesados. Essa falta de variação não deve ser atribuída a algo ruim, muito pelo contrário, é a fórmula que funciona perfeitamente.

O álbum não tem uma balada, nada perto disso, mas a faixa que mais se aproxima de algo assim é “Strength To Survive”, com os vocais limpos predominando. Outro destaque é “The Cave We Fear To Enter” com a pegada clássica da banda e com o melhor refrão do álbum. Fechando a audição com uma carga emocional bem forte chega “Taken From Nothing”, parecendo já anunciar que esse seria o fim da banda de certa maneira.

Bom, a produção do álbum é fantástica e tudo está muito bem encaixado, o álbum carece apenas de mais variações entre as composições, mas como já citado, é algo que não incomoda tanto por a fórmula funciona muito bem. Além de tudo a banda parece estar bem entrosada, contrariando os fatos que se desencadearam antes do lançamento. Enfim, um álbum divertido de se ouvir, com muita identidade do Metalcore, então vai agradar qualquer fã do gênero.

Track List:

1. Permanence
2. A Broken Reflection  
3. Burden
4. We Are the Dead
5. Whitewashed Tomb
6. Through Storms Ahead
7. The Void Within
8. Strength to Survive
9. Gears That Never Stop
10. The Cave We Fear to Enter
11. Taken from Nothing